Um pouco da minha história
- Estefani
- 21 de ago. de 2020
- 4 min de leitura

Olá pessoal, hoje venho contar de uma forma um pouco mais detalhada da minha história, para que vocês percebam que, nem sempre se sofre de depressão apenas quando se é adulto.
Eu posso dizer que desde meus 7 ou 8 anos de idade que eu já percebo que algo não estava muito certo comigo. Sentia uma carência muito grande e tinha bastante ansiedade também. Mesmo que ninguém notasse eu já apresentava de depressão.
Tive uma infância muito difícil, com várias desavenças e bem conturbada, e isso me acarretou muitos problemas e para mim aquilo foi muito difícil de lidar.
Por várias vezes ainda criança, eu tive muitos pensamentos de morte, desejava tirar minha própria vida, e foi bem duro tudo aquilo para mim, porque como uma criança não entendi nada daquilo, mas sei que me sentia muito triste o tempo todo.
O tempo foi passando e minha tristeza continuava e a carência afetiva também, eu senti muita falta dos meus pais, por mais que eles estavam lá o tempo inteiro, eu senti que não era por completo.
Meus pais então decidiram se separar, não tive problemas com a separação, soube lidar bem com tudo, e depois do divórcio deles achei que as coisas iriam melhorar, mas mesmo assim eu me senti extremamente carente.
Com a separação percebi que na verdade houve uma ausência maior das pessoas que estão ao meu redor. Isso me fez me sentir cada vez mais triste, muito mais do que antes.
Em uma tentativa de chamar atenção me cortei, achei que daria certo, mais não obtive o retorno que esperei, não consegui minha atenção, só queria naquele momento um abraço.
Foi um pedido de socorro. Só que ninguém ouviu.
Me sentia cada vez mais frustrada e triste com aquilo, pois eu apenas queria uma atenção, era um grito desesperado de socorro num momento tão difícil que estava passando.
Se quiser assista o meu vídeo do youtube que conto essa história. Resumida.
Decidi apenas continuar, mesmo em meio a esse caos que estava me tornando, eu quis continuar.
Cheia de inseguranças, carência e tristeza que eu carregava decidi naquele momento entrar em um relacionamento, onde eu não gostaria de estar dentro daquele relacionamento.
Eu gostaria apenas de ter uma atenção e suprir minha carência afetiva, e naquele momento foi o relacionamento que supriu, mas eu sabia que eu não gostaria de estar daquele relacionamento que não era legal tudo isso.
Muitas pessoas costumam fazer isso, e eu me encontrei dentro deste tipo relacionamento, apenas para suprir minha carência, falta de atenção. E sei o problema que esse tipo de relacionamento causa, então eu decidi terminei.
O tempo então passou e acabei conhecendo o meu atual esposo, ele sempre foi uma pessoa bacana, muito legal para mim, sempre me fez muito feliz.
Porém, mesmo dentro de um relacionamento bacana, um relacionamento legal, eu ainda me sentia muito triste, muito carente, sentia que falta alguma coisa que não era completa. Esse vazio continuava dentro de mim.
Depois de um tempo engravidei da minha primeira filha, me senti realizado naquele momento porque eu sempre quis ser mãe. Eu sabia que tinha nasci para ser mãe, e aquilo era maravilhoso para mim, mas por algum motivo aquela realização da maravilhosa não foi suficiente para tampar o buraco que tinha dentro de mim. Era algo que estava faltando.
Na gestação os meus hormônios estão mais alterados mais afloradas, eu passei magoar as pessoas que estão ao meu redor, tudo me irritava, me estressava com muita facilidade. Foi difícil, eu magoei as pessoas e falei coisas que não era legal, toda essa situação foi bem complicada.
O tempo passou e eu fui morar na minha casa e eu engravidei pela segunda vez, foi uma situação muito difícil para mim, tive várias problemas dentro dessa gestação, passei muito medo, sentia medo de perder de tudo ir por água abaixo.
Achei que seria mais realizada dentro dessa gestação, mas o medo era muito maior do que estar passando por esse processo, eu não consegui curtir esse processo como eu gostaria.
Nessa época eu trabalhava, passava muito estreia dentro do trabalho. Por esse motivo, pedi por várias vezes ao obstetra que eu estava passando, para me afastar, porém ele era um péssimo obstetra, me disse que qualquer problema era para ir ao pronto-socorro, e que não precisava me afastar, mesmo ele vendo que eu estava com problemas na gestação, problemas sérios.
Por conta do descaso dele, (resolvi meio que tarde até) trocar de profissional, pois esse que eu estava passando não dava a mínima para o que estava acontecendo.
Naquela altura, eu já estava extremamente conturbada com tudo aquilo, tanto na gestação como também minha mente estava muito bagunçada, eu sabia que precisava tomar alguma atitude, pois tinha muito medo de ter uma depressão pós parto por conta dos problemas que passei.
Então, após o nascimento dela resolvi ir atrás de ajuda de um psicólogo ou um psiquiatra. Dentro de mim, estava tudo errado e eu sabia que naquele momento eu precisava de ajuda.
Finalmente eu comecei a fazer terapia, no início não me adaptei bem a terapeuta, e por algumas vezes troque de profissional.
Passei por alguns psiquiatras e fiz tratamento por algum tempo, mais nunca fui muito disciplinada com isso. Não consegue remarcar consulta com psiquiatra e desisti. Mesmo não fazendo tratamento psiquiátrico, eu achei uma boa terapeuta e fiquei fazendo apenas psicoterapia.
Mas esse ano, precisei parar de fazer tratamento por conta da pandemia, e por fim não voltei mais.
Hoje eu busco meios alternativos para cuidar de mim, pois ainda estamos passando por essa pandemia e não achei seguro voltar a me tratar, e nem senti necessidade de continuar com o tratamento já que estou conseguindo lidar bem com tudo.
Mas isso sou eu, sempre precisamos de ajuda profissional quando percebemos que algo em nós está saindo do controle.
Caso você esteja se tratando, não abandone seu tratamento, peça ajuda de um profissional para que você aos poucos possa largar os remédios, nunca faça como eu fiz e largue por conta própria.
Bom esse foi meu relato, e um pouco da minha história, sempre devemos buscar ajuda profissional em casos extremos de necessidade.
Aproveita e compartilhe essa história nas suas redes sociais, deixe aqui embaixo seu comentário e aproveita para me seguir nas minhas redes sociais, sempre estou postando ótimos conteúdos por lá.
Um abraço e até a próxima.
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